Padrão de consumo das classes A e B exige três planetas Terra

Está comprovado que grande parte dos moradores da superquadras de Brasília tem hábitos de consumo incompatíveis com a preservação ambiental. É hora de mudar hábitos e costumes para enfrentarmos os problemas ambientais urbanos que criamos. Basta de fingir que nada acontece. Contribua na melhoria do espaço em que você vive. Aqui na SQS 305 (Brasília) os moradores já iniciaram sua contribuição com a causa ambiental.

" Caso todo o mundo tivesse os mesmos hábitos de consumo das classes sociais A e B brasileiras seriam necessários recursos naturais correspondentes a três planetas Terra, mostra estudo da ONG WWF-Brasil. A pegada ecológica, ou seja, o rastro de consumo, degradação ambiental e geração de resíduos deixados pelo homem no planeta, foi calculada com base em pesquisa encomendada ao Ibope. Os pesquisadores ouviram 2002 pessoas, em 142 municípios, de 13 a 18 de maio.

A conclusão do estudo é de que, se 82% da classe alta mantiver os maus hábitos, a Terra não vai agüentar. O mesmo vale para 46% da classe C e 21% das classes D e E. A situação é mais crítica no Sudeste, em que os hábitos de 61% dos entrevistados comprometem a sustentabilidade do planeta. Nas cidades com mais de 500 mil habitantes o porcentual chega a 71% em comparação aos 21% dos municípios com até 20 mil moradores.

Contra a classe alta pesam sobretudo os hábitos de transporte, pois 33% dos entrevistados desse segmento usam o carro como único meio de transporte e, na maioria das vezes, trafegam sozinhos. Além disso, 23% viajam de 1h e 10 horas de avião por ano. Nesse caso, contam na pegada ecológica o consumo de combustíveis fósseis e a emissão de gases poluentes desses meios de transporte.

Na hora de tratar do lixo, no entanto, a classe alta se sai melhor. O descaso com a reciclagem é maior entre os pobres - 77% deles juntam todo o lixo em só saco e só 11% separam os materiais recicláveis. Entre as classes A e B, 54% colocam o lixo em um saco e 38% o separam. No geral, 67% dos brasileiros juntam recicláveis e não recicláveis. Apenas 25% dos entrevistados separam o orgânico do reciclável e não mais que 5% destinam o lixo seco para a reciclagem e o orgânico para compostagem"

Fonte: Agência Estado

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